A última serrana Aos noventa anos ela era, salvo alguns sobrinhos emigrados, a última da família e última serrana na aldeia de xisto. Lágrimas amargas que apenas lhe avivaram a solidão, não as chorava mais. A única consolação, um cão abandonado com que partilhasse por vezes sua refeição. Um dia, ficou a porta fechada. Nenhumas lágrimas no funeral, apenas o pároco, o coveiro, e um cãozinho que se deitou ao lado da cova e não se deixava expulsar por seixos.
1 comentário:
A última serrana
Aos noventa anos ela era, salvo alguns sobrinhos emigrados, a última da família e última serrana na aldeia de xisto. Lágrimas amargas que apenas lhe avivaram a solidão, não as chorava mais. A única consolação, um cão abandonado com que partilhasse por vezes sua refeição. Um dia, ficou a porta fechada. Nenhumas lágrimas no funeral, apenas o pároco, o coveiro, e um cãozinho que se deitou ao lado da cova e não se deixava expulsar por seixos.
um abraço
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