quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Vale de Maceira - Capela dos Apóstolos

Capela dos Apóstolos, na povoação de Vale de Maceira, freguesia de Aldeia das Dez, concelho de Oliveira do Hospital.
À direita vê-se o acesso à Via Sacra do Santuário da Senhora das Preces.

1 comentário:

João Paulo Dias disse...

São as imagens em tamanho natural que estão dentro desta CAPELA DOS APÓSTOLOS que geraram uma imensa polémica no sector da conservação do património.
Não adianta chorar o leite derramado. Poderemos é perguntar : o que temos de fazer para remediar a situação?
É curioso virem os doutores, os sábios que sabem tudo… cagar postas de pescada, pois eles é que sabem tudo, o humilde povo daquela remota aldeia não sabe nada. Mas atenção, demoraram 7 anos a darem conta desta intervenção no património. Como é possível?
Quem aqui não desempenhou o seu papel foi a Pasta da Cultura (Estado + Igreja) que deveriam ter um Secretariado para a Conservação e Restauro. Seria a sua missão: certificar cursos, competências profissionais e empresas, assim como aprovar os projectos de restauro e conservação (por uma equipe multidisciplinar).Não pode haver intervenção sem aprovação de um projecto. Hoje, essa instituição estaria a responder pela aprovação do diagnóstico e intervenção nesta Sagrada Capela.
O Estado demite-se da sua função. A Diocese de Coimbra não dispõe de inventário sobre o imóvel a intervencionar. Foi aquela pobre gente humilde que lhe dói o coração de ver todo aquele património a degradar-se irreparavelmente que teve de lançar mãos à obra.
Perante a incapacidade dos políticos em criar regras para este tipo de intervenções. Estes casos acontecem por todo o lado (até em Monumentos com classificação onde se efectuaram programas de restauro que destruíram para sempre decorações original). Obras essas acompanhadas e fiscalizadas por pessoal das várias instituições: IPPAR, IPM,IPA,IPCR, IGESPAR, IMC…
O prolongamento do mau estado de conservação das imagens do Santuário de Nossa Senhora das Preces seria uma irreparável perda.
Como se depreende não responsabilizo quem restaurou a Capela da Última Ceia, mas sim quem não interveio no tempo certo sobre aquela intervenção.
Não há fiscalização ao património? Não compreendo esta argumentação anedótica e incompreensível. Buscar a solução é de imediato entregar toda a empreitada a pessoal qualificado evitando assim que com passividade das autoridades todo aquele património se perca.
A crise económica afecta a todos mas o pobre povo de Vale de Maceira uniu-se para juntar 10.000€ para conservar o seu património cultural. E fê-lo com as suas melhores intenções.
Hoje a Irmandade Mariana deveria enviar esta denúncia ao Secretário da Cultura, fazendo votos que a sua resposta fosse o restauro de tão valioso património nas condições que os sábios sonham… realizar é mais difícil!…
Viva o POVO DE VALE DE MACEIRA – OLIVEIRA DO HOSPITAL